top of page
Por Ricardo Ferreira

HISTÓRIA | Mercedes-Benz C111-II: o supercarro que nunca foi vendido


APRESENTADO NO SALÃO DE GENEBRA DE 1970 ESTE VEÍCULO FUTURISTA ESTÁ NO MUSEU DA MERCEDES-BENZ, MAS NUNCA CHEGOU A SER PRODUZIDO EM SÉRIE.

Ícone fascinante, laboratório sobre rodas e um concept para a implementação de novas tecnologias, o lendário Mercedes-Benz C 111 é tudo isso e muito mais.

Este superdesportivo foi lançado há 50 anos, no 40º Salão Automóvel de Genebra, entre 12 e 22 de março de 1970. Com apenas 1120 milímetros de altura, com portas tipo asa de gaivota e uma distância entre eixos de 2620 milímetros, este concept foi desenvolvido a partir de plástico reforçado com fibra de vidro (GFRP) aparafusado à estrutura inferior da carroçaria em chapa de aço.


A sua velocidade máxima era de 300 km/h. Nos dias atuais continua a ser uma grande atração e pode ser visto com a sua característica pintura "Weissherbst", na seção de exposições Fascination of Technology do Museu da Mercedes-Benz, em Estugarda.

Desenvolvimento aprimorado: o C 111-II foi desenvolvido com base no C 111, apresentado no outono de 1969. Em termos de tecnologia, é particularmente caracterizado pelo motor Wankel, um genuíno motor desportivo. O departamento de Design, liderado por Bruno Sacco e Josef Gallitzendörfer, começaram a trabalhar no projeto no verão de 1969.

Comparado com o seu antecessor, existiram inúmeras melhorias, como o campo de visão do motorista ou os guarda-lamas. A aerodinâmica do veículo também foi simplificada: a medição do túnel de vento mostrou que o coeficiente de resistência do ar foi reduzido em 8% em comparação com o seu antecessor. O interior do C 111-II continnua a impressionar com a sua estética contemporânea.


Dream Car: o C 111 foi alvo de destaque desde o início. O Conselho de Administração da Daimler-Benz AG decidiu por isso que o C 111 seria apresentado ao público entre 11 e 21 setembro de 1969 no Salão Internacional do Automóvel (IAA) em Frankfurt. Após a sua estreia, o C 111 participou em inúmeras feiras e exposições: Paris Motor Show, London Motor Show (outubro de 1969), Turin Auto Show (outubro / novembro de 1969), Jochen Rindt Show em Viena (novembro de 1969), Essen (dezembro de 1969), Brussels International Motor Show (janeiro de 1970) e Chicago Auto Show (fevereiro de 1970). A versão evoluída C 111-II estreou em Genebra em março de 1970.


Os aficionados de automóveis desportivos estavam dispostos a pagar largas somas pelo carro, e até a passar cheques em branco, mas a Mercedes-Benz deixou claro que o carro não estava à venda


Cheques em branco: os aficionados de veículos desportivos estiveram dispostos a pagar quantias consideráveis ​​por um C 111. Em Londres, em 1969, um entusiasta do setor automóvel ofereceu pagar até meio milhão de marcos alemães pelo modelo. Cheques em branco foram entregues nos meses seguintes.


No entanto, a marca deixou claro que este veículo experimental não estava à venda. Logo no início, o que mais tarde seria conhecido como C 111, era destinado a um público-alvo totalmente diferente: desde 1963, o pensamento inicial havia sido para ser posicionado abaixo do SL "Pagoda" (W 113).


A estratégia foi definida com mais detalhes em 1968 como um "veículo pequeno e desportivo", sem nenhum recurso de conforto específico que também é adequado para desportos de rali destinado a um público mais jovem.

Há cinquenta anos atrás, em Genebra, os visitantes não estavam apenas maravilhados com o C 111-II, mas também com o que a Mercedes-Benz que levou para o certame.

Dois de um total de cinco veículos experimentais foram apresentados nesta exposição automóvel. O protótipo com número interno 31, o primeiro C 111-II pôde ser experimentado como parte da demonstração para imprensa no Circuit de Monthoux, perto de Genebra, em test drives de demonstração.


Digital: O C 111 não fora apenas projetado com uma forma futurista. É também o primeiro veículo do mundo que foi completamente projetado em computador. A tecnologia digital tornou possível o cálculo de cargas dinâmicas e a Mercedes-Benz estima que o período de desenvolvimento foi reduzido em cerca de quatro meses. A produção interna de documentários “Das Auto, das aus Computer Computer” (o carro do computador) introduziu a inovação.

V8 em vez de motor Wankel: em dezembro de 1970, foi instalado um motor alternativo V8 de 3,5 litros Mercedes-Benz no C 111-II, em vez do motor Wankel. Este veículo ainda hoje pode ser experimentado dinamicamente, pois ainda atrai a atenção em eventos para clássicos.

Livro: A publicação “Mercedes-Benz C 111” irá apresentar novas informações sobre o desenvolvimento deste veículo. O livro será publicado pela Motorbuch Verlag Stuttgar, sendo a publicação baseada em pesquisas aprofundadas, bem como em informações e fotografias abrangentes e detalhadas dos arquivos Daimler AG, incluindo muitas imagens inéditas para documentar pela primeira vez toda a história do desenvolvimento deste veículo fascinante.


0 visualização0 comentário
bottom of page