A SKODA ESTÁ A CELEBRAR 125 ANOS DE ATIVIDADE. É UMA DAS CINCO MARCAS MAIS ANTIGAS DO MUNDO E OLHA PARA O FUTURO DA MOBILIDADE COMO SE TIVESSE NASCIDO AGORA.
O seu lema “Simply Clever” está-lhe no ADN e, talvez por isso, reinventa-se como se o tempo não existisse. Contudo, facilmente lhe poderíamos mudar o lema para ‘Still Skoda, after all this years”.
Olha-se para o a história da SKODA e mal dá para acreditar naquela viragem do século XIX para o século XX, em que o sucesso era ditado pela capacidade de persuadir os clientes que simplesmente não confiavam em nada que fosse movido por um motor. Mas foi assim mesmo, com muito engenho e persistência – e capacidade de argumentação – que Václav Laurin e Václav Klement, estabeleceram as bases daquilo que viria a ser SKODA tal como a conhecemos hoje.
Em dezembro de 1895 começava a produção e reparação de bicicletas na cidade Mladá Boleslav, na Boémia. A empresa recebeu o nome de ambos, Laurin & Klement (L&K), e não foi preciso esperar muito tempo para surgirem numerosos veículos de duas e três rodas em várias dezenas de versões: a produção de motos começava em 1899, com modelos tecnicamente inovadores que rapidamente ganharam popularidade.
O primeiro automóvel Laurin & Klement, o Voiturette A, fez a sua estreia logo em 1905 e rapidamente se impôs pela sua elevada qualidade para o uso quotidiano e excelente relação de preço/valor. A L&K alargou a gama e rapidamente começou a conquistar condutores de todas as nacionalidades.
Hoje, a SKODA entrega anualmente 1,24 milhões de veículos a clientes de todo o mundo.
1905 - VOITURETTE A
O primeiro automóvel alguma vez produzido na cidade de Mladá Boleslav. Com seu motor de dois cilindros em V, o L&K VOITURETTE A debitava uns estonteantes 7 cv e destacava-se, mesmo para a época, pela aclamada segurança da condução e pela notável relação preço/valor.
O VOITURETTE A, que atingia os 40 km/h, foi seguido nos anos seguintes por mais modelos, novamente nomeados com letras.
1925 - LAURIN & KLEMENT/ SKODA 110
Em 1925, a LAURIN & KLEMENT uniu forças com uma das maiores empresas de engenharia e armamento da Europa Central, o gigante SKODA, com sede em Pilsen. Com este músculo financeiro e tecnológico, nasce um modelo de transição, o L & K / SKODA 110, que ficou disponível em variadíssimas versões.
O princípio de dois carros em um foi implementado pelo design modular original com uma seção traseira removível: como resultado, um carro de passageiros que podia ser convertido numa prática pick-up de dois lugares. O “Simply Clever” era, como se vê, uma realidade já nesta altura…
1934 - SKODA SUPERB
Quando a marca procurava um nome para o topo de gama em 1934, a designação SUPERB destacou-se entre todas as propostas. A produção do S 640 SUPERB de seis cilindros arrancou verdadeiramente em 1935.
As suas características exclusivas incluíam um recetor de rádio com seis válvulas e um compartimento lateral em pau-rosa que separava o espaço do motorista e da zona reservada a passageiros eminentes: políticos, diplomatas e empresários. Entre os compradores incluía-se a empresa de calçados de Bata, com sede em Zlín, que também fabricava pneus com o mesmo nome usados nos modelos da ŠKODA.
1936 - SKODA POPULAR Monte Carlo
Em janeiro de 1936, um SKODA POPULAR ficou em segundo lugar na categoria sub-1.500 cm3 no duro Rali de Monte Carlo. E a marca não perdeu a oportunidade: não foi preciso esperar muito para chegar um modelo desportivo com design de roadster ou coupé, em comemoração do resultado na mítica prova automobilística.
Além de soluções técnicas avançadas, como a estrutura rígida, porém leve, do chassis, e a suspensão independente, o SKODA POPULAR Monte Carlo também conquistou fãs pela sua carroçaria aerodinâmica, de linhas extremamente fluídas.
1959 - SKODA OCTAVIA
O primeiro SKODA OCTAVIA chegou com um nome melodioso. A origem da designação radica num nome latino de mulher, que significa "oitavo". E porquê oitavo? Simples: foi o oitavo modelo desenvolvido pela SKODA.
Tornou-se um best-seller cujas qualidades foram comprovadas por sucessos notáveis em exigentes competições, incluindo um hat-trick na sua classe durante o Rali de Monte Carlo. Os escandinavos, em particular, fizeram maravilhas ao volante dos OCTAVIA na neve e no gelo. A versão base foi rapidamente acompanhada por um SKODA OCTAVIA BREAK, ainda mais prático, que permaneceu em produção até 1971.
1959 - SKODA FELICIA
Contemporâneo do OCTAVIA, o SKODA FELICIA é outro dos marcos fundamentais da marca. Os clientes que desejassem - e pagassem o extra - poderiam comprar o carro com uma capota rígida removível, ou com uma capota de lona. Os que eram mais dados às emoções fortes poderia sempre recorrer à versão "Super", mais potente, com dois carburadores.
No total, foram produzidos 14 863 destes ícones da sua época. O FELICIA dos anos 60 é um dos veteranos mais populares da ŠKODA até aos dias de hoje, como fica claro pelo facto de o clube FELICIA, fundado em 1960 para reunir os fãs desse modelo, ser um dos mais ativos dentro do panorama europeu dos clássicos.
1964 - SKODA 1000 MB
O ano de 1964 marca a chegada de toda uma nova geração modelos SKODA com motor de quatro cilindros montado na traseira e tração traseira. Um dos melhores carros europeus da época na categoria de um litro, viu a sua produção confirmar-lhe os méritos: foram feitos quase 443 000 "MBs".
Além de um projeto técnico sofisticado, como o bloco do motor em alumínio fundido sob pressão, um método checo original, a nova fábrica que possibilitou aumentar substancialmente a produção era o orgulho da empresa Mladá Boleslav. Juntamente com o SKODA 1000 MB base e o mais potente 1100, surgiu igualmente uma versão MBX, de duas portas. A configuração de tração e motor traseiro era muito popular nos carros europeus na primeira metade da década de 1960 e a ŠKODA continuou a desenvolver o design até o início da década de 90.
1970 - SKODA 110 R + SKODA 130 RS rallye
O elegante 110 R com a configuração 2 + 2 foi o “menino bonito” da fábrica de Kvasiny, na Boémia Oriental. A maioria dos 57 000 "R" produzidos foram para mercados de exportação, numa altura em que a SKODA era uma das marcas de leste mais conhecidas no mundo ocidental – e muito por carros como este.
Não são apenas as graciosas linhas do teto que chamam a atenção, mas também o design dos pilares B e das portas sem caixilhos das janelas – já para não falar nos bancos desportivos e no painel de instrumentos sofisticado. A idade não diminuiu nem um pouco a popularidade deste coupé: entre os colecionadores, é um representante muito procurado da década de 1970.
O 110 R foi, em 1975, a base de outra lenda do desporto motorizado, o SKODA 130 RS. As performances do RS em pistas e ralis valeram-lhe o apelido de "Porsche do leste". O seu motor de 1,3 litros debitava entre 140 a 183 cavalos, consoante a preparação, e velocidades máximas de até 220 km / h.
1987 - SKODA FAVORIT
O modelo FAVORIT trouxe uma mudança fundamental - de “tudo atrás” para “tudo à frente”. O motor e a tração na dianteira estavam alinhados com as tendências modernas, libertando espaço para bagagens na traseira e permitindo versões carrinha e pick-up.
As suas qualidades práticas ajudaram a criar aquela que se tornaria outra lenda da marca. O design atraente da carroçaria era assinado pelo aclamado estúdio italiano Bertone. Em todas as suas variantes, a família FAVORIT dos anos 80 chegou ao milhão de unidades produzidas.
1996 - SKODA OCTAVIA I
Um modelo marcante e fundamental na vida da marca, em especial para assegurar o seu futuro: 1996 trouxe o primeiro ŠKODA totalmente desenvolvido no âmbito do Grupo Volkswagen, e também o seu primeiro segmento C de sempre.
O enorme espaço para malas e o excelente value for money foram sucessos imediatos, assim como as linhas de uma carroçaria que era a primeira da SKODA a ser desenvolvida por CAD (Computer Aided Design). O design intemporal e elegante foi liderado por Dirk van Braeckel. Continuamente atualizado, o OCTAVIA I saiu das linhas de montagem até 2010. No final da sua carreira, foi fabricado em paralelo com o sucessor de segunda geração.
2016 - SKODA KODIAQ
Em 2016, 40 anos depois do curioso SUV artesanal TREKKA, projeto nascido na Nova Zelândia com base em tecnologia do OCTAVIA Super, o primeiro membro da nova família SUV da ŠKODA viu a luz do dia: chegava o KODIAQ, que recebeu o nome de um poderoso urso do Alasca.
Este é hoje o SUV mais espaçoso da sua classe, num conjunto que tem ainda como pontos fortes as dotações eletrónicas de conforto e os sistemas de assistência à condução. Ao KODIAQ seguiram-se os SUV mais compactos, KAROQ e KAMIQ.
2019 - SKODA CITIGO iV
O primeiro SKODA elétrico de produção em série conta com um motor de 61 kW, e a energia armazenada na bateria de iões de lítio com capacidade de 36,8 kWh permite uma autonomia de 252 km (WLTP). Os equipamentos de série incluem várias funções de conectividade que permitem a ativação remota do ar-condicionado, ou a verificação e gestão do carregamento da bateria, entre outras funções.
2019 - SKODA SUPERB iV
O ŠKODA SUPERB, a terceira geração dos tempos modernos deste icónico nome do topo de gama da marca, desfruta de grande popularidade desde a sua estreia, em 2015.
Atualmente, está disponível também com versões plug-in: o motor a gasolina de quatro cilindros e 1,4 litros sobrealimentado surge associado a um motor elétrico, com a potência total a situar-se nos 160 kW e a autonomia em modo elétrico a chegar aos 62 km (WLTP). No modo combinado (com ambas as motorizações), o SUPERB iV pode percorrer 930 km sem precisar de encher o depósito ou recarregar a bateria.
2019 - SKODA VISION iV
Com o concept VISION iV, um coupé de quatro portas com base na plataforma MEB, concebida para os elétricos do grupo, a SKODA assumiu publicamente que faz parte do compromisso do Grupo Volkswagen com as novas formas de mobilidade descarbonizadas.
Hoje sabe-se que o primeiro EV com base na plataforma MEB vai chamar-se ENYAQ e será um SUV compacto a ser lançado muito em breve.