O grupo Renault pode estar preocupado com o possível fecho da Hyvia, da qual detém 50%. A empresa de veículos utilitários a hidrogénio é vítima de um mercado europeu que está em declínio.
Uma nova empresa está a sofrer no mercado europeu. Depois dos problemas enfrentados pela Volkswagen, Michelin, Valéo, Stellantis e Northvolt, a Hyvia é adicionada à lista de empresas com saúde financeira precária.
Propriedade 50/50 da Renault e do fabricante de células de combustível Plug Power, a Hyvia informou aos representantes dos trabalhadores que está a cessar os pagamentos e que está “provavelmente a caminhar para a liquidação”, segundo o sindicato FO da Renault, citado pela AFP.
Um duro golpe para o grupo Renault
Os 110 funcionários da empresa podem estar a viver os seus últimos dias na sede de Flins devido à desaceleração do mercado europeu. Os veículos utilitários movidos a hidrogénio que a Hyvia ajuda a produzir enfrentam “o surgimento demasiado lento de todos os sistemas de mobilidade a hidrogénio na Europa”, explica um porta-voz à AFP.
Na sua fábrica de Fins, de onde provêm o Renault Zoé e o Twingo, a Hyvia monta células de combustão desde 2022 para os veículos do grupo, que pretende competir com a Stellantis e a Toyota nesta área.
As dificuldades da empresa surgem também dois meses depois da apresentação de um protótipo da versão a hidrogénio do novo Master. A produção também deveria acelerar no próximo ano, mas a Hyvia terá que tentar se salvar antes de considerar isso. A Force Ouvrière já pediu à empresa que não recorra a demissões e que a reclassificação da Renault em Flins seja oferecida aos funcionários.
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