Alinhados lado a lado, os três diesel revelam o seu próprio estilo. O Mégane é claramente o mais ousado e moderno, o 308 destaca-se pela sua sobriedade e elegância, enquanto o Leon realça o caráter desportivo com as suas linhas afiladas e modernos LED’s.
Quem disse que um diesel não pode dar um bom desportivo, provavelmente enganou-se, porque em qualquer uma destas três propostas, as sensações dinâmicas que obtivemos foram aprazíveis.
Provando mais uma vez a confiança nos seus produtos, a Seat colocou à nossa disposição no País Basco, os principais rivais do seu recém chegado Leon. Foi a oportunidade para medirmos a sua versão FR contra duas referências desta categoria: o Renault Mégane GT Energy 1.6 dCi 165 EDC e o Peugeot 308 GT-line 2.0 BlueHDI 150 EAT6.
O novo Seat Leon FR é o que oferece a melhor relação preço/equipamento… desde o restyling da terceira geração. E, falando em custos, saiba que o preço do carro espanhol começa nos 28.860 euros, batendo os valores dos outros dois diesel, o Renault GT (36.030 euros) e o Peugeot (39.611 euros.)
Ambiente a bordo
O ambiente é visivelmente diferente a bordo. No Mégane, surpreendente em termos de estilo e acabamentos, apreciámos particularmente os seus soberbos assentos desportivos e equipamentos tecnológicos, assim como o seu painel de instrumentos 100% digital ou a enorme tela vertical do seu sistema multimédia. Em suma, uma atmosfera moderna e muito desportiva.
O 308 é ainda mais ousado com o seu i-cockpit. O painel de instrumentos avançado e o pequeno volante, causam bom efeito e ficamos com a sensação de ter mais espaço. A qualidade está no topo, os acabamentos são ainda melhores que o Mégane.
O telhado panorâmico inunda o habitáculo com luz envergonhando os seus dois rivais. A atmosfera, por outro lado, é mais chique do que realmente desportiva. A Peugeot optou por um compromissos para agradar a um maior número de pessoas.
O Leon fica no fundo da mesa quando olhamos para a aparência do seu interior: estilo austero, materiais menos lisonjeiros. Mas isso não prejudica o prazer. O sistema multimédia é muito mais ergonómico do que o Mégane, e infinitamente mais fácil de acionar que o do 308. Às vezes, a simplicidade traz bons dividendos e é este o caso do carro da marca de Martorell.
Renault: o melhor estilo e conteúdo desportivo
A estrada revela uma verdadeira homogeneidade entre os três modelos. No Mégane os assentos oferecem um excelente suporte, a posição de direção é perfeita, a direção é precisa. Dispomos ainda de patilhas no volante e de uma caixa de velocidades com embraiagem dupla. No geral, está bastante bem, embora ofereça uma posição rígida, quase de competição e com uns assentos algo mais duros que os seus rivais.
Mas é uma escolha pode ser guiada pelo fato de oferecer as impressões de condução menos desportivas. Na verdade, se o seu eixo traseiro direcional torna o Megane GT muito mais eficiente em curva que o 308 e o Leon, este sistema também retira algumas sensações, embora torne extremamente mais fácil ir rápido, serenamente!
Sobretudo, é a opção que tem o motor mais brutal em barulho quando o colocamos no modo Sport, mas também o mais decepcionante em termos de aceleração, embora a sua potência de 165 cv seja intermédia neste comparativo.
E isso vê-se nos resultados: 8,8s dos 0 a 100 km/h, 380 Nm de binário no pequeno 1,6 dCi, que proporciona uma média de consumos na ordem dos 4,6 l / 100 km (120 g / km de CO2).
+
- Eficiência do chassis - Posição de condução
-
- Motor - Sensações suavizadas
Peugeot: o mais versátil
No 308 GT, o potencial está lá: caixa com modo Sport, um pequeno volante bem simpático. Mas, na prática, não dispomos de patilhas no volante para passar de mudanças, a caixa favorece passagens suaves em vez da velocidade, a posição de condução é demasiado alta para oferecer boas sensações.
A Peugeot fez a escolha da versatilidade, oferecendo um produto não muito radical para ser agradável ao uso na vida quotidiana. Primeira observação: o chassis do 308 é muito mais confortável que o do Seat Leon. Segunda observação: é quase tão eficaz quanto o do Megane, mas o comportamento e muito mais natural. Na verdade, conseguimos uma leitura melhor de tudo o que se passa, percebemos melhor os limites. E claro, em termos de comodidade, a nota é elevada.
Com os seus 150 cv, o 2.0 BlueHDI do 308 é o motor menos poderoso deste comparativo. Mas não menos eficiente: 8,6s nos 0 a 100 com a caixa EAT6. Nada mau, tendo em conta que o seu binário máximo (370 Nm) é menor do que o Mégane. E apesar da sua capacidade de motor superior, dá uma verdadeira lição ao seu compatriota nos consumos: média de 4.1 l / 100 km (108 g / km de CO2).
+
- Versátil chassis - Ambiente a bordo
-
- Posição de condução - Sem patilhas ao volante
Seat: o mais poderoso
Entre o desportivo Megane e o confortável 308, o Leon é aparentemente o mais dinâmico. Pelo menos, disponibiliza mais potência que os concorrentes: 184 cv! Temos também uma caixa DSG6 muito boa. E acima de tudo, as sensações de condução são excelentes. E aqui, mais uma vez a simplicidade concede um bom tributo.
O Seat é o que oferece a posição de condução mais natural, agradável e baixa. Ao contrário dos seus dois rivais, mas especialmente do 308, a suspensão faz uma leitura excelente do que se passa no asfalto.
No seu modo desportivo é muito firme, e no modo conforto um pouco mais macia. No entanto, ao contrário do que sucede com o Peugeot, o Seat tem o mérito de evitar compromissos, e assim o Leon acaba por assegurar as sensações mais desportivas deste comparativo!
E isto é válido também para o seu motor 2.0 TDI, que nos oferece, de longe, a aceleração mais rápida: 7,4s nos 0 a 100 km/h! Mas, por outro lado, embora conte com umbinário máximo (380 Nm) comparável ao do Mégane GT, a sonoridade que reproduz é bastante mais decepcionante. Embora seja raro encontrar um Diesel com som desportivo assinalável, o Renault oferece a esse nível o melhor compromisso; mas os dados de consumo do 2.0 TDI são apetecíveis: 4.6 l / 100 misto (120 g / km de CO2).
+
- Melhor diesel - Performances
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- Habitáculo - Consumos
Conclusão
Compreendemos a ousadia da Seat, de ter facilitado a organização deste comparativo.
O Leon FR não é compatível com os dois franceses em muitos critérios, mais ou menos subjetivos.
Alguns preferiram o 308, pelo interior refinado e conforto, outros o Mégane pela sua eficiência e estilo, porém, o Seat Leon ganha os pontos mais decisivos para um cliente à procura de um compacto desportivo: melhor temperamento mecânico, comportamento mais natural e, claro, os resultados mais agressivos na performance.