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Encadeado pelo sol após a curva do odiado muro de Baku, Lewis Hamilton acabou por colidir na sua volta rápida, deixando via livre para Nico Rosberg (Mercedes) alcançar a pole no Grande Prémio da Europa.
Um doce para Nico Rosberg, e um presente, oferecido pelo “Caçador” Lewis Hamilton. O líder do campeonato, que havia visto encurtada a sua liderança nas últimas semanas para escassos 9 pontos sobre o segundo classificado do mundial, tem agora a via aberta para ressurgir na oitava ronda do Campeonato do Mundo. A firmeza de Rosberg tem sido o mal do britânico Hamilton, que este fim-de-semana ‘pausou’ a sua caçada com dois erros, um primeiro no Q2, e outro no Q3 quando bateu nas proteções da pista e fez acenar a bandeira vermelha por alguns minutos. Hamilton vai partir do décimo lugar, numa corrida onde não pode deixar escapar o seu rival e companheiro de equipa.
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A vigésima pole de Rosberg e a Ferrari bem colocada
Esta foi a 20ª pole de Rosberg, que na grelha tem ao pé de si o Force India Mercedes de Sérgio Perez, e se coloca pela primeira vez na sua carreira na primeira fila de uma grelha de partida de F1. Menos sorte teve Daniel Ricciardo, que alcançou o terceiro melhor tempo mas foi penalizado com a perda de cinco lugares na grelha por ter mudado a caixa de velocidade do seu Red Bull. Assim, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen seguem-se atrás de Rosberg e do surpreendente ‘Checo’ Perez, numa prova onde um triunfo da Ferrari deixaria os azerbeis em delírio.
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Os interesses do ‘azerbei’ Ecclestone
O Azerbeijão limita a norte com a Geórgia e a Rússia, a leste com o Mar Cáspio, do outro lado do qual se encontram as costas do Turquemenistão, a sul com o Irão e a oeste com a Armênia e a Turquia. O clima, entre moderado e subtropical, é seco nas montanhas e húmido nas planícies e o país tem importantes jazidas de petróleo, cobre e ferro. Foi isto que levou o ‘patrão’ Bernie Ecclestone a escolher este país, de maioria muçulmana e da antiga União Soviética, a inclui-lo em 2016 no calendário da Fórmula Um?
Depois, da Rússia, agora o Azerbeijão. Depois dos Países Árabes, as atenções da FIA parecem agora infinitamente voltadas para os países de Leste, e depois da Rússia, surge agora o interesse no Azerbeijão.
O Azerbeijão apresenta problemas de contaminação do solo devido ao uso de pesticidas. Desfolhantes altamente tóxicos foram usados extensivamente nos cultivos de algodão. A contaminação da água é outro problema grave; aproximadamente, metade da população não é servida de esgotos e, só um quarto de toda a água servida recebe tratamento.
Contúdo, a capital é uma cidade cosmopolita, moderna e apetecível para o turismo. Baku, ou Bacu (em azeri, Bakı) tem a baixa e a cidade velha, tinha em 2011 uma população de 2. 045. 815 habitantes e concorreu ao Jogos Olímpicos de 2016, sem sucesso, que acabaram por ir parar ao Brasil. Bernie Ecclestone, pode ter visto aqui um ‘furo’ interessante para levar a F1 aquelas paragens.