Utilizando os melhores pneus para a qualificação, os supermacios, Nico Rosberg deu um novo golpe de autoridade nos segundos treinos livres para o GP dos Estados Unidos, batendo Lewis Hamilton por 291 milésimos.
O britânico nem sequer ao segundo tempo chegou, que ficou na posse de Daniel Ricciardo, a apenas 0,194 do actual líder do campeonato. Pelos seu lado, Nico Rosberg não joga a toalha ao chão e diz que pode "vencer Hamilton em qualquer circuito." O alemão segue com um grau de determinação que parece complicado de quebrar, desde agora até ao final do ano. Os imprevistos parecem ser os seus únicos inimigos, nada mais.
FERRARI EM MODO ‘TOURING’
É cada vez mais visível a diferença dos Red Bull, que estão um passo à frente dos Ferrari em evolução. Neste treinos livres a diferença entre Ricciardo e Vettel cifrou-se em mais de meio segundo.O alemão, que na anterior corrida garantiu que os carros de Maranello não estavam “assim tão longe dos Mercedes", ficou bem distante do seu rival australiano da Red Bull nos trenos que antecedem a qualificação. E em ritmo de corrida a diferença para os carros austriacos não é menor.
Vettel terá que se bater fortemente para chegar aos três primeiros na qualificação, uma vez que a competitividade dos carros de Maranello está cada vez mais posta em dúvida. Nos livres, Vettel realizou uma ultrapassagem abrupta a Daniil Kvyat, que se queixou sobre os modos do piloto alemão. "Será que já estamos na corrida ...? Isso é sexta-feira, tio", repreendeu o jovem piloto russo. Por outro lado, Raikkonen, com um motor de 2016 evolução está apenas um décimo à frente do Toro Rosso de Carlos Sainz, puxado por um motor Ferrari de 2015 ‘standard’.
Todos estes dados indicam que a equipa de Maranello já ‘perdeu o comboio’ esta temporada, e começa a olhar para 2017, como vem sendo tradição por esta altura nos últimos sete anos. E já se adivinham muitas mudanças no seio da Scuderia este inverno, já se falando na possível substituição de Maurizio Arrivabene. Mas… estará ai, verdadeiramente, o cerne do problema?
MAIS F1 NOS EUA
Pouco a pouco, vão-se conhecendo cada vez mais pormenores sobre as intenções dos novos proprietários da F1, o grupo de média norte-americano Liberty Media.
Em Austin, os representantes de Chase Carey, o novo dono da F1, deram a entender que que querem proceder a mudanças na configuração atual das corridas. A começar pelo calendário, assinalando o interesse em corridas nos EUA, e especialmente para cidades tão icónicas como Nova Iorque, onde pretendem realizar o Grande Prémio de Manhattan em 2018, Miami em 2019 e Los Angeles em 2020. O contrato com Austin na F1, que começou em 2012 é de dez anos, mas esta questão é fundamental. No ano passado, o mau tempo e cortes na contribuição do governo local, tornaram bastante mais complicada de realizar a edição atual.
Fernando Alonso (McLaren Honda) está na frente de Raikkonen (Ferrari)
O resultado da corrida de 2016, será crucial para a continuidade, ou não, da F1 neste circuito. Se as contas estiverem equilibradas eles podem tentar cumprir o contrato, mas com uma redução de 25 milhões atualmente pagos, dificilmente amortizáveis sem apoio do governo, só o tempo dirá o que vai acontecer no futuro.
Não sendo a F1 muito popular nos Estados Unidos, os novos donos querem levá-la para o centro das grandes cidades, como já foi feito no passado em Detroit, Phoenix, Las Vegas e Long Beach, na costa oeste.
RESULTADOS
Treinos Livres 2
1. Nico Rosberg (ALE/ Mercedes) 1: 37.358.
2. Daniel Ricciardo (AUS / Red Bull) 1: 37,552.
3. Lewis Hamilton (GBR / Mercedes) 1: 37.649.
4. Sebastian Vettel (ALE / Ferrari) 1: 38.178.
5. Max Verstappen (HOL / Red Bull) 1: 38.258.
6. Nico Hulkenberg (ALE / Force India) 1: 38.508.
7. Sergio Perez (MEX / Force India) 1: 38.568.
8. Jenson Button (GBR / McLaren Honda) 1: 38.713.
9. Fernando Alonso (ESP / McLaren Honda) 1: 38.801
10. Kimi Raikkonen (FIN / Ferrari) 1: 38 865