Lance Stroll chega à Fórmula 1 no próximo ano, e Claire Williams foi obrigada a esperar que completasse dezoito anos para o inscrever na equipa.
O pai é o bilionário da moda canadiano Lawrence Stroll – com um lugar segundo a Forbes entre as 800 maiores fortunas do mundo - e investiu 50 milhões de euros na progressão do filho até à disciplina máxima.
Aos 18 anos de idade, o jovem piloto canadiano vai substituir o ‘veterano’ brasileiro Felipe Massa na equipa de F1 Williams. Em 2017 torna-se no décimo segundo natural da terra do lendário Gilles Villeneuve a estrear-se na Fórmula 1. Tem talento natural e vitórias, mas não nega que foi o pai que, desde os tempos de criança, lhe concedeu uma veloz progressão até à F1, dispendendo não menos que 50 milhões de euros nesse período.
“Venho do dinheiro, não o vou negar, mas conquistei este lugar, porque ganhei tudo onde competi", reconheceu o jovem piloto na sede de Grove, já a vestir as cores da Williams e Martini, que teve de esperar até fazer 18 anos há poucos dias, para se apresentar com as cores de uma bebida alcoólica.
Stroll é filho de Lawrence Stroll, empresário da indústria da moda, dono de uma das 800 maiores fortunas do mundo – a 15ª do Canadá – e colecionista de carros da Ferrari, possivelmente, o maior do mundo. Além de proprietário do circuito de Mont-Temblant no Canadá, tem investido forte na carreira do seu filho, tanto que aos 11 anos conseguiu colocá-lo na 'cantera' da Ferrari (onde nem sequer se compram lugares) para depois comprar a equipa Prema com a qual Lance conquistaria o título de F3.
O pai tem a 722ª fortuna do mundo, segundo a Forbes avaliada em 2.100 milhões de euros, tendo adquirido a equipa com a qual o filho se sagrou campeão na F3.
Também como revelou a revista ‘Auto Motor und Sport’, Lawrence pagou um programa de testes acelerado esta época para o filho, com um simulador de condução especial em Grove e acompanhando Felipe Massa e Valteri Bottas nos testes realizados em Silverstone, na Hungria, Monza, Áustria , Barcelona, Abu Dhabi, Austin e Sochi, sempre com 20 mecânicos e cinco engenheiros da Mercedes para os seus dois motores específicos.
Mas se quer saber quanto custa um lugar na F1, a resposta é fácil. Um total de 72 milhões de euros foi a soma que o pai bilionário investiu para garantir a estreia de Lance Stroll na Fórmula 1, ao serviço da Williams.
Agora está nas suas mãos demonstrar o seu talento e não passar despercebido como outros que chegaram à F1 com um chequena manga, como aconteceu com Ericsson, Nasr, Haryanto, Petrov, Pic, Van der Garde Stevens, Chilton, d'Ambrosio, Chandhok, Karthikeyan. Yamamoto, Albers, Mazzacane ou Yoong, só para citar alguns que chegaram a correr, porque outros nem sequer chegaram a pisar a pista.
Lance Stroll, na foto com Filipe Massa e Fernando Alonso, quando entrou aos 11 anos de idade para a 'cantera' de jovens promessas da Ferrari
Porquê todo este ódio contra Stroll, ou devo dizer inveja? Vão a uma pista vê-lo pilotar e depois emitam uma opinião "
Daniel Juncadella, piloto da Mercedes no DTM
Na corrida de Fórmula 3 no Mónaco
Na corrida de Fórmula 3 no GP de Macau
Envolvido em muitos acidentes fortes durante a sua carreira, dos quais sempre pediu desculpas aos outros pilotos envolvidos, Lance é alvo de muitas críticas, mas a seu favor tem o seu percurso triunfante no karting, na F4, na Toyota Racing Series e F3. "Então porquê todo esse ódio contra Stroll, só pode ser inveja", defende-o o espanhol Dani Juncadella, piloto da Mercedes no DTM. "Será o único que tem um pai que lhe pode comprar um lugar na F1?
"O dinheiro não conduz nem dá vitórias e títulos. Ele já demonstrou do que é capaz e é por essa razão que está na nossa equipa”, refere Claire Williams, a diretora da equipa fundada pelo seu pai.