Ao ler este artigo, pode perceber como a Mercedes GP chegou ao atual domínio (veja a explicação técnica no vídeo) na Fórmula Um, como foi criada em 2010 esta equipa triunfante que papel tiveram no seu futuro dois nomes que dispensam apresentação: Michael Schumacher e Nico Rosberg.
Por Ricardo Ferreira
O ressurgir dos lendários ‘seta de prata’ na Fórmula Um deu-se por via da criação de uma equipa própria da AMG Mercedes, no ano de 2010, estrutura essa que conduziu ao domínio avassalador dos monolugares germânicos. Antes, a saída de Michael Schumacher da F1 tinha resultado numa notável perda de audiência nas transmissões televisivas e Ecclestone tinha razões para andar preocupado
(o mealheiro do Patrão da F1 esvaziava), muito ao contrário dos responsáveis da Mercedes que tinha motivos para andar felizes e avançar com um projeto próprio.
ROSS BRAWN FEZ NASCER A MERCEDES GP
No ano anterior (2009) Ross Brawn, o antigo responsável da equipa Honda Racing F1 (após a retirada dos motores Honda da F1) trocaria nesse ano os motores japoneses pelo motor Mercedes FO 108W… e um regresso notável das unidades da marca da estrela à modalidade.
Nesse anos de 2009, a equipa Brawn GP munida de um chassis (BGP001) desenhado por medidas para o novo regulamento técnico desse ano (contestado por muitos Teams), realizou um conjunto dominador, que iria concluir as 17 corridas da temporada de 2009 sem problemas maiores, vencer oito GP’s e conquistar em simultâneo os mundiais de Pilotos e Construtores.
O britânico Jenson Button (que se sagrou campeão do mundo nesse ano) e o brasileiro Rubens Barrichelo eram os pilotos desta magnífica equipa… que ficou para as estatíticas da história da F1 como a com mais sucessos conquistados na curta existência de sempre de uma equipa.
Já vão perceber porquê.
… DA COMPRA DA BRAWN GP À VINGANÇA DE ROSBERG EM 2016!
Ás 10h05 do dia 16 de novembro de 2009, surgiu o anuncio oficial da equipa da compra da equipa por parte da Mercedes. E outra notícia, iria abanar os bastidores da modalidade a 23 de dezembro de 2009. Nesse dia, a Mercedes GP anunciou na Alemanha o regresso do heptacampeão, aos 41 anos, à Fórmula 1.
Michael Schumacher tornava-se piloto da Mercedes GP, equipe que acabara de comprar a vitoriosa Brawn GP por uma soma de sete milhões de euros. O veterano corre ao lado do compatriota… Nico Rosberg.
Ecclestone voltaria a ter bons motivos para esfregar as mãos de contentamento: as previsíveis receitas das transmissões televisivas voltam então a subir em flecha. No entanto, e por mais inesperado que parecesse, à época, não foi o sensacional regresso de Michael Schumacher à F1 (vindo da Jordan, Benetton e Ferrari com 7 títulos mundiais) que encheu as manchetes mas sim os três pódios do então estreante Nico Rosberg.
2010 Michael Schumacher e Nico Rosberg
2012 Nico Rosberg
2013 Nico Rosberg
No entanto, muito (ou quase tudo) se deve destes primeiros sucessos da Mercedes GP à experiência do hectacampeão alemão (Schumi foi sempre um excelente piloto a transmitir dados preciosos de pista aos engenheiros) que, anos antes gravara nas páginas da F1 o regresso às vitórias da Ferrari!
Quanto ao jovem Nico (Rosberg), até se poderia ter tornado no sucessor natural de ‘Schumi’ se no seu início de carreira na F1 não tivesse apanhado ‘duas pedras no sapato’: Lewis Hamilton e Sebastian Vettel.
Nico teve de esperar mais cinco anos para os derrotar mas, o seu titulo em 2016 teve todo o ar de ‘vingança’ servida numa bandeja de prata a Hamilton e Vettel
Pena foi que fosse aos 31 anos de idade e com tantas ‘nova promessas’ a surgirem no plantel de pilotos, com os ‘novos donos Americanos da F1, ao que se soma um regulamento, que pode vir a mudar a atual hierarquia entre as equipas. A ver vamos. mas 2017 promete!
2010 Nico Rosberg
2016 Lewis Hamilton
2014
2014 Nico Rosberg (6) tenta bater o colega Lewis Hamilton (44)
Como companheiros de equipa Rosberg e Hamilton sempre mantiveram um 'clima' saudável na equipa, o que contribui para a Mercedes somar 19 vitórias em 21 Grandes Prémios em 2016
Nico teve de esperar mais de cinco anos para derrotar os adversários, mas o seu titulo teve todo o ar de ‘vingança’ servida numa bandeja de prata a Hamilton e Vettel
Pena foi que fosse aos 31 anos de idade e com tantas ‘nova promessas’ a surgirem no plantel de pilotos, com os ‘novos donos Americanos da F1, ao que se soma um regulamento, que pode vir a mudar a atual hierarquia entre as equipas. A ver vamos. mas 2017 promete!
TÉCNICA:
A VANTAGEM DO REVOLUCIONÁRIO TURBO DA MERCEDES