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Ano novo, vida nova! | Motores


ENTREVISTA | Nico Rosberg festejou o titulo de campeão mundial de F1, anunciou a sua despedida da modalidade e, de imediato afastou-se das luzes da ribalta. O alemão já está em Ibiza onde vai passar o Natal e usufruir dos seus primeiros momentos de “liberdade” junto da família.



Pela primeira vez em 2016, a agenda de Nico está vazia, substituindo uma azáfama de apresentações, entrevistas e outros compromissos, por uns tranquilos dias em Ibiza e vários passeios na sua Vespa. As suas últimas palavras, antes de partir para o ‘retiro’, foram estas, expressas numa entrevista à agência AFP, duas semanas depois de alcançar o desejado titulo mundial em Abu Dhabi.


Como sentiu estes primeiros momentos de "liberdade"?

“Ainda não estou totalmente livre, sinto que ainda estou a comemorar o sucesso que obtive. O primeiro momento de verdadeira liverdade será certamente no Natal. Nessa altura começa um novo capítulo na minha vida, uma grande mudança. Vai ser bom tudo o que vier, projetos, família, ter mais tempo. Estaremos em Ibiza, com a árvore de Natal, num jantar típico desse dia. Começarei a pensar em novos projetos, onde vou investir toda a minha combatividade, mas vamos ver o que vai acontecer no ano novo.


Foi muito difícil a última temporada?

"O mais difícil foi a parte mental. Há muitos sacrifícios que fazemos para ter sucesso no desporto, a família vem sempre atrás, e desde que comecei a lutar pelo título, a pressão era realmente monstruosa. A última corrida (que deu o título a Nico Rosberg no dia 27 de novembro em Abu Dhabi) foi muito dura mentalmente, foi de uma intensidade incrível."


O seu relacionamento complicado com o seu companheiro de equipa, e rival na Mercedes, Lewis Hamilton, foi digno de um filme. Será que isso contribuiu para essa pressão?

"Ele é, obviamente, um dos melhores pilotos do mundo, lutar contra ele foi muito, muito difícil, mas eu amo a competição ... Lutar ao nível mais alto e bater um dos melhores é algo muito agradável."


Alguns não viram com bons olhos a sua decisão de abandonar a Fórmula 1, falando inclusive de cobardia da sua parte. O que lhes responde?

"A maioria apoiou a minha decisão. Obviamente que há sempre pessoas que têm outra opinião, mas se eu mudar de emprego, o que podem criticar? Todo o mundo toma decisões e segue em frente. Eu estava a fazer muito boas corridas, do meu ponto de vista, e tenho agora o título que eu queria alcançar. Entendo que as pessoas ficassem desapontadas com a decisão que tomei, até porque esta luta com o Lewis era linda. Mas também, quero dizer-lhes que vou lembrar-me sempre destes últimos três anos e manter na memória esta recordação fantástica. É o que vou fazer.

Foi uma fase incrível da minha vida e estou orgulhoso de ter participado na mesma, de ter batido o Lewis e de me tornar campeão do mundo. Mas isso está feito e agora passo para outra coisa. Quero realmente ter mais tempo para estar com a minha família. A minha filha tem um ano e meio, o que só acontece uma vez na vida."


Nico com a esposa Vivian

Quantas crianças gostaria de ter?

"Não sei, espero ter mais filhos, seria bom, se tiver essa oportunidade, porque não, suficientes para uma equipa de futebol! Mas minha esposa Vivian não está convencida com a ideia!"


Com o seu físico de atleta e boa parecença, gostaria de fazer filmes?

"Sim, gostaria. Eu conheço atores na Alemanha, porque não. Eu já tenho alguma experiência, porque para ser piloto tem que se fazer muita publicidade. Um herói de ação, quem me dera!"


Keke e Nico Rosberg, pai e filho campeões do mundo de gerações distintas

Vê o seu título mundial, também como uma forma de pagar uma dívida para com todos aqueles que o ajudaram a chegar até aqui?

"Sem dúvida. Num desporto nada se consegue sozinho. Eu tive uma equipa inteira comigo. Cumpri o meu sonho de infância, mas foram eles qie me ajudaram a chegar aqui. Esse sonho foi inspirado pelo meu pai (o finlandês Keke Rosberg, campeão mundial em 1982). Foi ele que me ajudou quando comecei a competir, que era o meu sonho pessoal.

A minha mãe e o meu pai sempre me apoiaram. Eu tive sorte. Mas quando entrei na Fórmula 1, o meu pai foi completamente removido das questões que me eram colocadas, e eu realmente apreciei isso, valorizando mais a minha própria carreira sem me colocaram à sombra dos seus sucessos."


OS MOMENTOS MAIS DRAMÁTICOS COM LEWIS HAMILTON

O TÍTULO DE CAMPEÃO DO MUNDO DE F1 2016 EM ABU DHABI


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