Alfa Romeo na F1? Vai depender das vendas do Giulia e Stelvio. "O projeto existe, mas temos que realizar dinheiro com as vendas destes dois modelos no mercado". Revelou Sergio Marchionne, numa troca de cumprimentos de Natal com a imprensa.
A Alfa Romeo era a "mãe" de Enzo Ferrari, disse-o o próprio Drake, da marca transalpina que venceu o primeiro campeonato mundial em Fórmula Um: em 1950, com Nino Farina no 158, e em 1951, com Manuel Fangio no Alfa 159.
Ainda segundo a marca de Biscione, é legítimo esperar mais dos resultados da marca de Maranello. Sergio Marchionne, o ‘boss’ do grupo FCA confirma assim este regresso: "A ideia para o regresso da Alfa Romeo à Fórmula 1 já existe, e é um projeto que de alguma forma deve encontrar espaço. Falei com Mattia Binotto e com Maurizio Arrivabene (che de equipa da Ferrari F1), para perceber de que modo a Ferrari pode colaborar connosco para este regresso. É um bom projeto, que inclusive poderia ajudar a Ferrari a regressar aos sucessos".
O número um da FCA lançou a ideia durante uma troca de saudações de Natal com a imprensa, mas deixando claro que é preciso em primeiro lugar ter as condições mínimas para o fazer: a Alfa Romeo tem de melhorar as vendas e encaixar dinheiro para concretizar o regresso às pistas de F1.
“Sendo certo que o lançamento do SUV Stelvio nos mercados significa que estamos muito empenhados em fortes compromissos, estamos dependentes do dinheiro realizado com as vendas do Giulia e do Stelvio, e quanto mais tempo levarmos com elas mais este projeto da Alfa Romeo terá de esperar.”
O projeto de um regresso com o Team Sauber (como fornecedora de motores) parece para já posto de lado, em detrimento de uma equipa de fábrica da Alfa Romeo, partilhando, eventualmente, os motores com a Ferrari
O grande plano da Alfa prevê a oferta de uma gama competitiva no mercado, grande e, presumivelmente, rentável, para o biénio de 2018-19. Por isso, é razoável supor que em 2020 a Alfa Romeo esteja de volta em F1 . "Talvez até mais cedo", disse Marchionne.