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Niki Lauda: “Venci o GP da Áustria e depois ganhei o campeonato por meio ponto de diferença para o A


F1 | O triplo campeão do mundo e diretor não-executivo da Mercedes AMG Petronas F1 Team é conhecido por não ocultar aquilo que pensa. Niki Lauda fala sobre si próprio e sobre o circuito ‘caseiro’ onde vai decorrer a próxima corrida de F1, o Grande Prémio da Áustria.


No ano de 1984, o campeonato do mundo de Fórmula 1 teve 16 provas. O austríaco Niki Lauda venceu 5 provas, incluindo o GP da Áustria e foi na última prova (GP de Portugal) que o título se decidiu a seu favor. No Estoril, Alain Prost venceu e Lauda foi segundo na frente de Ayrton Senna (em Toleman), o que bastou para o austriaco se consagrar pela terceira vez campeão do mundo, desta vez com meio ponto de diferença para o francês seu colega de equipa da McLaren-TAG (TAG Porsche P01 1.5 V6 Turbo).


A Fórmula 1 tem muitos austríacos em lugares de topo – para além de você, o Toto Wolff, Franz Tost, Dietrich Mateschitz, Gerhard Berger, Alex Wurz. Por que os austríacos são tão bons nos negócios da F1?

NL - “Disparate. É uma coincidência total. Gerhard, Alex e eu só estamos aqui porque nós fomos pilotos. Alguns ficaram e outros não, nós escolhemos ficar. Os austríacos não fazem nada melhor do que ninguém.”


E quanto às suas próprias memórias do Grande Prémio da Áustria? Você teve três pole positions no Österreichring entre 1974 e 1977, e claro, ganhou aqui em 1984.

NL - “Eu sei que ganhar a corrida na Áustria em 1984 foi muito importante porque o Alain Prost abandonou. Venci a corrida e depois fui a vencer o campeonato do mundo por apena meio ponto. Nessa corrida austríaca, eu também tive um problema na caixa de velocidades e tive muita sorte em terminar à frente do Nelson Piquet, e por isso acho que essa corrida foi determinante para eu vencer o campeonato.”


É verdade que o Piquet ficou confuso com o que você estava fazendo na corrida, tento julgado que a sua baixa de ritmo era algo tático?

NL - “Sim, ele pensou que eu estava brincando. Principalmente porque foi algo como isto que lhe disse no pódio: "Estava apenas a brincar com você". Não tenho a certeza de que ele tenha gostado.


Como era o antigo Österreichring? Era tão assustador como as pessoas dizem?

NL – “Era muito bom, um circuito rápido e fantástico de que gostava muito. Não era tão difícil fisicamente, mas para conduzir lá bem, você precisava de estar realmente sempre muito atento. O circuito atual também é bom e, graças a Deus, a Red Bull reabilitou-o, caso contrário, não teríamos uma corrida de F1. A corrida austríaca era como Monza ou Spa, como Monte Carlo, fazia parte da herança da própria F1, especialmente desde a época de Jochen Rindt. Para o desporto foi muito bom recuperá-lo.


Diga-nos o quanto é importante para um piloto vencer o seu Grande Prémio em casa?

NL – “É bom, mas, em geral, não me importava quais as corridas que ganhava, porque você tem que conquistá-las todos se quiser ser campeão mundial. Todos os Grande Prémios carregam o mesmo valor. OK, vencer em sua casa é mais valorizada do que as outras, mas correr em casa também dá sempre mais trabalho para um piloto, porque você é o foco da atenção e sempre há mais pessoas que desejam fazer perguntas estúpidas.”


O que vai fazer nos próximos dias, até ao Grande Prêmio da Áustria?

NL – “Vão ser ótimos, eu gosto muito da corrida no meu país, porque para mim quase não preciso de fazer uma viagem para chegar lá. Eu posso estar em casa, entrar no meu avião e voar para lá em 15 minutos em vez de horas. É uma boa corrida e não esqueço o que a Red Bull fez por isso.

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