18 de set. de 20173 min para ler

MOTO | Honda CMX 500: Rebelde mas não muito

Como uma perfeita amiga da dona, fiel aos seus caprichos, ainda que venham de uma motociclista pouco experiente mas com uma tremenda vontade de dar gaz! Assim se comportou a CMX 500 Rebel nas minhas mini-férias de Agosto.

Marta Rebelo

Sem dúvida, ela poderia fazer a felicidade de muitos entusiastas pela primeira vez e até mesmo de uma mulher apaixonada pelo estilo personalizado, mas o estranho é que até os mais experientes gostam dela. "Pura e simples", designa-a a Honda, e de fato, as formas desta pequena bicilindrica são as de uma bobber perfeita, escondendo qualidades dinâmicas que eu própria não esperaria.

A um preço de 6.000 € e adaptada à carta europeia A2, a CMX 500 Rebel oferece componentes estéticos cuidados, acompanhados por uma mecânica que olha para o lado económico e que faz muito bem o seu trabalho. Tudo isto é feito em Taiwan.

E quer jogar o papel das motos maiores. Na verdade, mesmo olhando-a de soslaio é impossível não reparar nas suas boas proporções, com a frente dominada pela roda ‘balão’ 130/90 e no depósito que desce até a sela muito baixa (690 mm de altura ao solo). Na traseira sobressai o redondo guarda-lamas metálico que lhe acentuam a imagem custom.

O motor de cilindros paralelos (DOHC 471cc com 45 cv ás 8,500 rpm e 44,6 Nm a 6,000 rpm, refrigerado por líquido) é a unidade da CB 500, adequadamente revista na geometria de árvores de cames, escape e mapeamento para se tornar mais completa nos baixo regimes. A transmissão é de 6 velocidades e a transmissão final por corrente.

As duas rodas de liga leve são de 16 polegadas e para conter os 190 kg anunciados, existe um único disco frontal de 264 mm com uma pinça de pistão duplo.

Como ela se comporta

É praticamente uma moto multi-usos. Em cidade é fácil de manusear como se fosse uma scooter e o torque do motor a baixas velocidades, é fantástico… no mínimo!

A sela verdadeiramente baixa é realmente adequada a todos e permite manobras fáceis. Fora da cidade, o pequeno bicilindrico deita para fora uma boa quantidade de força a altas velocidades, mas o que é surpreendente é o conforto da parte ciclística… fantástico!

Esse conforto é em boa parte devido à posição dos apoios para os pés, ligeiramente avançadose que permitem "andar" mesmo com as pernas. Naturalmente, a curvatura dianteira curvada força um pouco de trabalho para não alargar a trajetória e quando chega a hora de reduzir para curvar, o disco frontal único faz um bom trabalho, apoiado pelo ABS de uma forma excelente.

Mesmo para uma motociclista menos experiente como eu, foi possível divertir-me numa estrada de curvas encadeadas, onde a Rebel 500 respeita de forma perfeita a nossa vontade, como uma perfeita amiga da dona.