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MIKE RODMAN

APRESENTAÇÃO | Ducati Monster 821 celebra 25 anos de paixão italiana

A Ducati fez uma revisão à naked Monster 821 para 2018: ergonomia corrigida, novo painel, evolução cosmética. Uma "Monster para todos” é a proposta da casa de Borgo Panigale.

Quando foi lançada em meados de 2014, a Ducati Monster 821 não foi uma moto feita só para amigos. Na época, significou um desenvolvimento significativo, para não dizer uma ruptura, ou mesmo um choque cultural na tradição da Monster.


Nesse ano a 821 surgiu com o novo motor Testastretta arrefecido por liquido (saído então da Desmodue Evo 1100), com um novo quadro com a estrutura treliça fixa directamente sobre as cabeças do cilindro, com um reservatório maior para aumentar a autonomia e com uma ergonomia mais confortável, nomeadamente, com um segundo assento mais decente para o passageiro.


Para o passado, fica a Monster rígida de suspensões, com uma manete de embraiagem dura e uma autonomia de apenas três dígitos.

Depois, essa primeira 821 civilizou-a ainda mais. Surge agora, a geração quase perfeita,

quase...

25 anos de divertimento

A Ducati Monster está a completar 25 anos de vida no mercado de motos, o que não impede a marca de Bolonha de continuar o seu trabalho, agora revelado nesta evolução de 2018. Começamos com a ergonomia revista na Monster 821 de 2018, por exemplo nas placas de apoio para os apoios de pés modificados, mas também e ainda com as novas ponteiras de escape compactadas – alterações já vistas nas Monster 1200 R e S. A conduzi-la, no conforto de condução, isto percebe-se imediatamente.

Em boa verdade, a ergonomia chega à maturidade na 821: o guiador não muda mas o assento regulável em altura (785 ou 810 mm) permite a alguém com menos de 1m70 de altura tocar o solo facilmente com os pés, enquanto os mais altos podem ajustar o assento à sua altura. O novo painel, que também vem da Monster 1200, está mais legível e também mais completo com o indicador de combustível e da marcha escolhida na caixa de 6 velocidades.


São mudanças ligeiras mas bem-vindas e que trazem uma ajuda preciosa na condução urbana, como aliás verificámos ao atravessar a cidade costeira de Rimini com esta Monster 821.

É verdade que o ângulo de viragem ainda permanece alto, e que o motor ainda emite muito calor, especialmente no cilindro traseiro. E também que o Testastretta nos obriga com regularidade a escolher entre a segunda e terceira relação na caixa, ou até mesmo "cair" para primeira… Mas, o que querem, um ‘dois cilindros’ Ducati que não bata forte nunca seria Ducati!


109 cv suficientes na vida real!

Tratando-se de um motor com o Euro 4 devidamente aprovado, conserva um caráter digno da mecânica Bolonhesa. Nele pode contar com uma faixa de suavidade até perto das 3.000 rpm e com uma força mais do que suficiente para o uso atual. O torque e a potência são distribuídos de forma criteriosa em toda a faixa de velocidades, o que resulta em alta disponibilidade, com recuperações sólidas em todas as marchas, especialmente entre as 4.000 e 7.500 rpm.

Percebi que tem um pico de torque na zona inferior do conta-rotações e outro em torno das 6.500 rpm, o que não significa que seja oco a meio! Em força e capacidade de tração a Monster 821 de 2018 oferece o suficiente! Revela-se energético, poderoso, cheio de paixão quando abrimos vigorosamente o acelerador à procura dos seus 109 cavalos, que podemos achar perto das 9000 rotações por minuto.

Vibra apenas a uma velocidade de 4.000 rpm mas sempre com a entrega de uma excelente sonoridade vinda dos compactos silenciadores, sente-se o crepitar na desaceleração, as pulsações fechadas como em camara lenta… uma Monster como sempre foi!


Mais confortável e fácil... mas uma Monster!

A parte ciclística não sofreu grandes mudanças para 2018. A Monster 821 continua a apresentar umas suspensões confortáveis, mas o início do seu curso é demasiado flexível (ou muito pouco travado no sistema hidráulico), e esse é um ponto onde poderia ser melhorada assim como na travagem. Na verdade, as pinças Brembo da 821 são pouco percetíveis a início no manuseamento da manete, e depois estancam a velocidade de modo quase repentino, um ‘feitio’ que vem de há muito na Monster e que nos obriga pacientemente em casa a procurar uma afinação mais doseável e fácil de administrar.


Porém, considerando que a Monster 821 se posiciona num nível intermédio entre as naked’s da Ducati – o modelo de entrada na gama é a Monster 797, com 73 cv (175 kg de peso a seco declarados) – a 821 assume com os seus 109 cv e 206 kg declarados (com líquidos) um bom compromisso para quem se seduza por motos de linhas despidas e queira ter a essência de uma Monster em casa, antes de chegar ao topo das Monster 1200 e S (147 cv) ou aos 152 da mais atrevida 1200 R.

No entanto, pode contar com uma geometria da direção que proporciona um compromisso satisfatório entre a estabilidade no ângulo e a agilidade, o que ‘esconde’ de alguma forma parte do seu peso de 206 kg com o depósito pleno e restantes líquidos (180,5 kg a seco declarados). Também, porque já conhecemos outros ‘Monstrinhos’ italianos mais neutros que esta 821, com um trem frontal mais franco no ângulo e também menos resistentes à travagem em curva, deixo aqui uma pergunta: Para quando de escalão médio, melhor fornecida de travões e suspensões... uma Monster 821 R?

Conclusão:

A Ducati Monster 821 muda em ligeiros pormenores, mas todos são bem-vindos. Está mais confortável na ergonomia, o painel foi atualizado e está mais completo e as pequenas mudanças estáticas resultam bem.

Em resumo, a Monster 821 continua a ser aquilo que sempre foi a Monster pelo seu visual, sensações mecânicas e bom nível de desempenho, apurando-se no concerne à utilização e vesatilidade nesta terceira geração.


+

- Linha intemporal

- Ergonomia em andamento

- Painel de bordo mais completo

- Motor poderoso e sonoridade

- Polivalente no uso

-

- Travagem melhorável

- Calor lançado pelo motor




Ficha Técnica

DUCATI MONSTER 821


MOTOR

Motor: 821cc, 4 tempos, bicilindrico em L (Testastretta) arrefecido por líquido

Alimentação: Injeção eletrónica, com 3 modos de condução, controlo de tração e Ride by Wire

Transmissão: caixa de 6 velocidades (corrente)

Potência máxima: 109 cv (80 kW) a 9250 rpm

Binário máximo: 8.8 Nm a 7750 rpm,


CICLÍSTICA

Quadros: treliça em tubos de aço

Suspensões: forquilha telescópica invertida com bainhas de 43 mm, não regulável, curso de 130 mm (Fr.); mono-amortecedor regulável em compressão e extensão, curso de 140 mm (Tr.)

Travões: ABS, 2 discos de 320 mm com pinças monobloco de 4 pistões com fixação radial (Fr.): 1 disco de 245 mm com pinças de 2 pistões

Pneus: 120/70 x 17’ (Fr.) e 180/55 x 17’ (Tr.)

Distância entre eixos: 1480 mm

Altura do assento: 2 posições de altura (785 e 810 mm)

Depósito: 16,5 litros

Peso total declarado: 180,5 kg (a seco) 206 kg (com líquidos)


CORES, PREÇO E DISPONIBILIDADE

Cores: vermelho, preto fosco ou amarelo

Preço: não declarado

Garantia: 2 anos, peças e mão de obra, quilometragem ilimitada

Disponibilidade: Dezembro de 2017



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