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COMPARATIVO MOTO | Tira-teimas até aos 300cc!


Não são precisos 100 cavalos, ou mais, para percorrer as estradas que fazemos diariamente. Com esta nova geração de desportivas de 250/300 cm3, já nos podemos divertir a cumprir as rotinas habituais!

Fotos: cortesia Moto-Station (Sylvain Le Bellec)

A ideia deste comparativo, organizado em colaboração com os nossos colegas da Moto Revue, foi irmos desde o sul da França até à capital e, em particular, ao circuito Paul Ricard, privilegiando o uso da rede de estadas secundárias. Uma jornada bastante atraente no papel, e que nos permitiu avaliar o potencial de cada moto: a KTM RC390, a Suzuki GSX 250 R e a Yamaha YZF-R3.

Três pequenas desportivas aprovados para a licença A2, e todas indicadas para serem a tua primeira moto.

Para otimizar ainda mais o seu desempenho nesta comparação desportiva de 250/300cc, optámos por mudar os seus pneus originais, procurando assim um bónus de diversão, ao longo dos mais de 1.000 km passados ​​ao guiador.

Os planetas estavam quase alinhados, exceto o fator meteorológico ... Passámos uma boa metade do tempo à chuva, mas desfrutamos na segunda parte de estradas pequenas, às vezes desertas e, acima de tudo, secas!


KTM RC390: Mono Kultura (€ 5.999)

Inegavelmente, a KTM RC390 é a mais "original" do lote: face frontal muito especial, parte traseira de espuma que imita um casco de um único assento (muito bem feito!), quadro de aço tubular e, mais importante, a única com um motor de um único cilindro neste comparativo - uma arquitetura ainda muito popular da KTM.


A sua apresentação é, portanto, a mais singular, enquanto a qualidade do seu acabamento é desigual, entre uma montagem correta, peças bonitas, como o braço oscilante de alumínio, e conectividade muito óbvia.

Desde o início da sua carreira, os austríacos aplicaram na RC390 uma evolução do escape e do seu revestimento, conseguindo assim a adaptação à norma Euro 4.

Para apreciar em pleno a KTM RC390 devemos fazer concessões, muito mais do que nas outras duas motos, acatando a lógica da sua personalidade atípica. Isto acontece especialmente pelo nível de vibrações do seu único cilindro - que permanecem suportáveis ​​– mas também a sua falta crónica de flexibilidade. Felizmente, o controle da embraiagem é ultra flexível e o selector da caixa agradável. Mas acima de tudo, o que não falta é energia neste motor, sem dúvida o mais nervoso do comparativo.

Possibilita recuperações desenfreadas nas retomas de velocidade (reprises), acelera mais forte que as restantes e tem um alongamento sagrado (para um mono)! Em pista, eleva a velocidade para mais de 180 km/h, não é ruim para 43,5 cavalos!


O quadro da KTM RC390 é perfeitamente adequado ao desempenho do motor. A rigidez do chassis é, sem dúvida, a mais notável no "Katoche", e controla fielmente a sua estabilidade de curva para curva. Além disso, entre a estreiteza e o suporte na frente, a RC390 oferece a ergonomia mais desportiva do lote, o que permite uma sensação excelente na condução desportiva, seja na estrada ou em circuito. E trava também o suficiente.

Entre o seu look impagável e a sua tecnologia singular, a KTM RC390 é inegavelmente a moto mais original deste comparativo. Não deixam no entanto de existir argumentos que podem seduzir ou repelir, como o seu aspecto invulgar ou a altura elevada do assento (820 mm). Se por um lado é a mais eficiente em geral (motor e quadro), requer mais tempo de adaptação, especialmente ao seu motor, um monocilíndrico com um caráter único.


+

Estética invulgar

Caráter e desempenhos do motor monocilindrico

Ciclística precisa e homogénea

Conforto aceitável

-

Acabamentos irregulares

Leitura do painel de instrumentos

Altura do assento

Adaptação inicial


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Suzuki GSX 250 R: a utilidade R (€ 5.499)

A Suzuki GSX 250 R foi uma novidade na segunda metade de 2017. O seu aspeto é, sem dúvida, o mais bem sucedido do lote, com curvas gratificantes, uma pintura bonita, um painel de instrumentos legível e completo. A sua ergonomia é a mais acolhedora do comparativo, com uma altura de assento de 790 mm que favorece os mais pequenos condutores, e uma posição de condução, tão agradável na cidade como na estrada.

É também a moto que revela o acerto mais lógico, de longe! Todos os seus comandos são ultra macios, a injeção eletrónica atua sem empurrões. O único contra da pequena Suzuki reside no seu peso (183 kg, a mais pesado das três motos), o que não impede de revelar uma maneabilidade e facilidade desconcertante. Apenas a KTM consegue ser mais viva numa estrada sinuosa.

No entanto, se a KTM tem a melhor relação peso/potência (com 43,5 cv para 167,4 kg), a Suzuki tem a pior dessa relação (com 25 cv para 183 kg). O motor de dois cilindros paralelos e 248cc, certamente mostra um déficit de cilindrada, e também não é muito eficiente em termos gerais, por uma boa razão: é derivado da utilitária Inazuma 250.

Além disso, foi com a Suzuki que tivemos de antecipar mais as ultrapassagens na estrada, ou mesmo desistir muitas vezes, para seguir as outras duas motos. E nem sequer nos atrevemos a imaginar conduzi-la com ‘pendura’ com apenas 25 cavalos a puxar! Mas pelo menos, com os 141 km/h de velocidade máxima, corremos menos o risco de ser apanhados pelo radar!

No entanto, não deixa de ser curioso que, apesar das fracas performances do seu motor, a GSX 250 R tenha uma ciclística muito agradável, tão estável quanto previsível, especialmente com os pneus Mitas MC50 adequados para este comparativo.

Muito macia, a Suzuki é também a mais fácil de entender, a melhor companhia para o dia a dia, e apesar de ter o maior peso deste comparativo, dá prova de um equilíbrio perfeito. Perfeito para iniciantes!


+

Estética

Facilidade de condução

Motor suave

Ciclística dinâmica e confortável

-

Performances modestas

Pneus de série

Mais "GSX" do que "R"



Yamaha YZF-R3: ares da família R (€ 5.595)

A YZF-R3 está no nível de entrada da Yamaha Desportivas + de 125 cm3. Conheceu um notável sucesso na Ásia e deverá melhorar a sua imagem ao mesmo tempo que os seus resultados comerciais, graças à sua conformidade com os regulamentos da licença A2 e aos excelentes resultados conseguidos no Campeonato 300 Supersport. Em suma, é uma desportiva pequeno e uma "YZF". A sua construção parece ser a mais rigorosa, mesmo que não exiba peças tão belas como a KTM (braço oscilante e forquilha).

Em termos de ergonomia, a Yamaha YZF-R3 tem um assento baixo (780 mm), mas o apoio para os pés também está alto, o que requer mais dobra das pernas e uma posição muito ‘ao ataque’. Mas a Yamaha também tem um guiador mais confortável do que a KTM, oferece a melhor proteção aerodinâmica e tem os espelhos mais eficientes das três motos.


De fato, na estrada, ela surge rapidamente no seu elemento, especialmente porque o seu motor paralelo de 42 cavalos de potência revela excelente disponibilidade. É mais cheio do que o Twin da Suzuki, mais flexível que o mono KTM e tem um alongamento extenso. Dai resulta uma mecânica fácil de usar e eficiente, apenas não tendo o ‘nervoso’ miudinho do motor da KTM e a comodidade dos comandos da Suzuki. Gostaríamos que o bicilindrico da Yamaha cantasse (ou respirasse através da sua caixa de ar) com tanta alegria quanto o monocilindrico austríaco...

No que respeita ao comportamento da ciclística, a Yamaha YZF-R3 ‘desenha’ menos bem as trajetórias que a KTM, ou mesmo a Suzuki, mas apresenta uma mistura criteriosa entre rigor e conforto. E depressa, percebemos rapidamente que podemos fazer tudo (ou quase tudo!) com esta moto: cidade, trajectos de estrada, são percorridos com um conforto digno do nome, aumentando esse divertimento numa voltas em pista com uns Pirelli Diablo Rosso II montados nas rodas.

Em resumo, aqui está uma pequena moto, mais próxima da filosofia Sport-GT do que da filosofia Desportiva.

Sendo sem dúvida a mais versátil destas três opções, a Yamaha YZF-R3 é, portanto, uma escolha muito adequada aos que procuram a sua primeira moto desportiva, especialmente iniciantes no motociclismo.

+

Comportamento geral

Conforto, inclusive a dois

Versatilidade cidade/estrada/circuito

-

Dobra das pernas

Travagem esponjosa


A nossa pontuação

Ítens / KTM / Suzuki / Yamaha


MOTOR

Utilidade 3/4/4

Performances 5/2/4


CICLÍSTICA

Comportamento geral 5/4/4

Agilidade 5/4/4

Travagem 3/3/3


EM ANDAMENTO

Ergonomia 3/4/3

Altura do assento 3/4/3

Conforto 3/4/4

Com passageiro 3/3/4


VALORES DE COMPRA

Fabrico 3/4/4

Equipamento 4/3/3

Preço 3/4/4


Totais: 43/43/44

Pódio: 1º Yamaha; 2º ex. Suzuki e KTM


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