F1 | As previsões de Villadelprat para a nova temporada

No rescaldo dos testes de pré-temporada da F1 no circuito de Barcelona, algumas conclusões é possível retirar. Joan Villadelprat, ténico que passou pela McLaren, Tyrrell, Ferrari e Benetton deu-nos a sua opinião.

Esclareceram-se algumas dúvidas, mas muitas incógnitas permanecem sobre o que se vai passar em 2018. De acordo com os tempos conseguidos pelos novos F1 da Nova Era Halo, se é verdade que a AMG-Mercedes e Ferrari mantiveram o domínio habitual, a maior supresa veio da McLaren que com o motor Renault e pneus híper-brandos (uma nova mistura) conseguiu chegar ao 3º tempo por intermédio de Stoffel Vaandorne com o tempo de 1.19,854, portanto muito perto do melhor tempo de Lewis Hamilton registado nos 3 dias de testes: 1.19,333.

Joan Villadelprat (Barcelona, ​​1955), que iniciou sua carreira na McLaren e Tyrrell, que foi mecânico-chefe da Ferrari (1987-89) e Benetton (1993-99), analisa o que se passou no repavimentado circuito de Montmeló… alteração feita a pedido dos pilotos de MotoGP e muito contestada por Hamilton.

“A Renault pode terminar a época na frente da McLaren”

No que diz respeito à McLaren, a equipa que o ano passado padeceu de vários problemas de fiabilidade, que por agora parecem solucionado com a troca do motor Honda por uma unidade Renault, Villadelprat mostra muitas dúvidas sobre esta ‘amizade’ franco-britânica em 2018. "Depois de observar estes testes, se já tinha reservas no ano passado mantenho-as, penso que foi uma mudança apressada e que talvez não tenha todas as vantagens de que falamos."

"Um ‘cliente’, mesmo sendo a McLaren tem sempre limitações, especialmente se a Renault, como parece ser o caso, anda muito próxima dos seus tempos. O orgulho francês vai levá-los a querer vencê-los”, diz Villadelprat, que fez desta forma a comparação entre as duas equipas:

Acho que o McLaren é um carro mais desenvolvido na aerodinâmica, mas à medida que o ano avança, o Renault pode ganhar algum avanço. Eles só não estão a investir todo o seu dinheiro em Paris na aerodinâmica para não terem limitações durante a época."

“O melhor que a equipa de Brown e Eric Boullier podem esperar de Alonso é lutar pelo quarto lugar no campeonato. Não duvido que o Fernando faça vários pódios, porque tem talento para isso e porque saber aproveitar todas as condições, mas será muito complicado lutar pelo título”, adverte.

“A Toro Rosso Honda é uma equipa com muito potencial”

Já no meio do pelotão, são muitas as dúvidas que assolam o pensamento de Villadelprat.

"A Force India conseguiu terminar 2017 com um carro muito poderoso - com um motor Mercedes e com muito boas soluções técnicas. Veremos se o vai repetir este ano, porque conta com dois pilotos muito bons como Checo Pérez e Esteban Ocon", ressalta.

Mas quanto à Toro Rosso, a incerteza enche-lhe a mente. "Não descarto a possibilidade deles andarem próximos da Renault e McLaren, percebe-se que o chassis encaixam perfeitamente com o motor Honda e estão a fazer tudo para que essa união funcione. Quanto à Red Bull é para mim uma certeza que irá ter o motor Honda em 2019; a sua ligação à Toro Rosso permite-lhes perceber como o motor será desenvolvido ao longo do ano, e eles vão contar por perto com uma ótima evolução no próximo ano. O potencial da Honda é enorme e significa”, diz VIladelprat.

"Quanto à Williams eu tenho um desconhecimento total embora acredite que possam obter uma ajuda extra da Mercedes.” Já sobre a Sauber Alfa Romeo, o ex-técnico de Fórmula 1 pouco sabe o que vai acontecer, porque tanto a equipa como a própria Ferrari estão fechadas em copas.

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