O NOVO RECRUTA DA FERRARI DEU HÁ UM ANO O SALTO PARA A SAUBER DEPOIS DE UMA VALIOSA EXPERIÊNCIA NA FÓRMULA 2, MAS AGORA QUE PARTICIPOU EM AMBAS AS COMPETIÇÕES, AFIRMA QUE AS DIFERENÇAS SÃO NOTÁVEIS.
O jovem talento da Ferrari conta como passou pela Sauber no seu primeiro ano na categoria principal do automobilismo. Charles Leclerc deu o salto para a equipa suíça depois de adicionar ao seu currículo uma valiosa experiência na Fórmula 2, mas agora que competiu em ambas as competições, afirma que as diferenças são notáveis.
A jovem promessa do Cavallino Rampant em 2019, estava acostumado a ter o seu engenheiro ao seu lado e pouco mais, e para melhorar seu monolugar poderia contar com um par de pessoas. Essa foi a situação que encontrou na competição que é o prelúdio para a F1, mas assim que chegou à Sauber, logo percebeu que atrás dele havia uma grande equipa, trabalhando para melhorar o carro.
Uma realidade que surpreendeu Leclerc, as suas palavras deixaram de ser ouvidas por apenas uma pessoa para serem ouvidas por muitos mais. E fazer parte da grelha da categoria principal do automobilismo, não é algo que permita que as suas palavras passem despercebidas, nem na equipa nem no paddock. Na F1 todos os olhares se focam nos protagonistas, a mídia aponta as suas luzes para eles, e tudo o que os pilotos dizem é completamente analisado.
Para Charles se acostumar a tudo isto levou algumas corrida, e considera que a Fórmula 1 é intimidante por estas razões. Outro aspecto que levou algum tempo para ajustar foi a duração das corridas. Na F2 depois de 20 voltas, começa-se a pensar que a bandeira quadriculada está perto, mas na F1 há mais 40 voltas pela frente até cruzar a linha de chegada e terminar o Grande Prémio.
O saldo de Leclerc entre a Fórmula 1 e a F2
"No começo é muito intimidante falar com tantas pessoas. Tudo o que vais dizer será analisado, não apenas pelo teu engenheiro, mas por milhares ou milhões de pessoas, então, obviamente, é o suficiente. Mas leva-se tempo até te acostumares com isso.”
“E também o tipo de feedback que damos, temos que ser muito mais precisos com tudo que o que dizemos, porque no fundo, há muito mais pessoas a ouvir-nos. Na Fórmula 2, realmente importante é tentar focar os principais pontos, pois, obviamente, há no máximo apenas uma ou duas pessoas para nos ajudar a melhorar o carro. É uma abordagem completamente diferente na F1 e leva algum tempo para nos acostumar-mos, é verdade. Lembro-me que achei as primeiras corridas extremamente longas na Fórmula 1, comparando com a Fórmula 2. Então, isso também é algo que nos temos de habituar. "
"Depois de 20 voltas, acha-se que o final está a duas voltas de distância, e então eles dizem: 'Ok, 40 voltas para o final' e tu pensas em algo como 'bem longo'. Também muito importante é nos acostumar-mos com o ambiente do paddock, até para passarmos da melhor forma as informações que encontra-mos na pista. Todas estas coisas são pequenos pormenores, mas que fazem uma grande diferença, e também o jeito que se trabalha com tantas pessoas. Por exemplo, na F2 estava acostumado a falar com meu engenheiro sozinho… mas aqui tudo é diferente."