LEWIS HAMILTON PREOCUPA-SE COM O AUMENTO GALOPANTE DOS CUSTOS NO ATUAL AUTOMOBILISMO, E MAIS CONCRETAMENTE NAS FÓRMULAS DE PROMOÇÃO, PELAS QUAIS ELE PRÓPRIO PASSOU ATÉ À FÓRMULA 1.
Não é segredo que a prática do automobilismo é sempre mais cara, desde a base da pirâmide, no kart, onde a corrida ao ‘armamento’ em campeonatos de alto nível corre o risco de deixar mais e mais jovens pilotos à margem, por falta de meios.
Hamilton, oriundo de um meio modesto, sente-se incomodado com este estado de coisas, o que até não é estranho, tendo em conta os muitos esforços da família para ele vingar na alta competição. O seu pai acumulou até três empregos para financiar as suas competições, para permitir que ele encontrasse um lugar ao sol.
Na atualidade, Lewis Carl Davidson Hamilton, com seis títulos mundiais (2008, 2014, 2015, 2017, 2018 e 2019) aos 34 anos de idade, tem uma situação financeira invejável, e não é ele que precisa da Fórmula 1, é a Fórmula 1 que precisa dele…
EMPENHADO EM AJUDAR JOVENS PILOTOS
"Se olharmos para a F3 hoje, tudo mudou", disse o homem que acabou de ser eleito "Desportista Europeu do Ano" nas colunas da “Motorsport Week”.
"GP3, GP2, ... todas essas séries estão a ficar cada vez mais caras sem haver realmente necessidade", explica. A Fórmula Renault não é mais a base da pirâmide como era antes e os custos no karting também estão a aumentar."
A favor de mais diversidade no topo do automobilismo, o piloto da Mercedes quer colocar sua imagem e influência ao serviço da próxima geração de jovens pilotos ansiosos por subir a escadaria até à F1.
"Estou refletindo sobre o que eu poderia fazer”, diz . “A diversidade é um problema perpétuo e não se resolverá tão cedo quanto seria desejável. Posso me envolver totalmente nisso, é uma das minhas principais prioridades a longo prazo", conclui o seis vezes campeão do mundo de F1.
“SINTO MUITO A FALTA DO LAUDA”
Mais de oito meses após a sua morte, que ocorreu em 20 de maio de 2019, pouco antes do GP de Mónaco, o falecido Niki Lauda continua nas memórias de Lewis Hamilton
A morte de Lauda, que não surgia nos circuitos desde 2018, após um duplo transplante de pulmão duplo do qual estava a recuperar dolorosamente, chocou não só toda a comunidade da F1 e do automobilismo, como também Hamilton.
"Sinto falta de não receber mais SMS’s dele", admite. “Sinto falta de não compartilhar mais vídeos, não conversarmos mais. Ainda tenho a maioria das nossas conversas gravadas e as oiço de vez em quando."
"Sem o apoio dele, eu provavelmente nunca teria ido para a Mercedes", recorda. "Sem ele, eu posso não ficar na equipa durante muito mais tempo. E também penso que a equipa poderia até hoje não ter tido tantos êxitos sem a sua influência. "
"O Lauda era muito bom a dar um murro na mesa sempre que era necessário. E também foi sempre muito sincero comigo, constituindo um género de ponte entre Toto e a equipa, os concorrentes e o Conselho de Administração da Daimler."
“Ter um campeão mundial do seu calibre, que sabe o quão difícil é estar no topo de um fim de semana para o outro, que entende quando você comete um erro e precisa superar isso… o Niki era um pilar muito importante para mim. Sinto muita a falta dele”, conclui.