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CONTACTO MCLAREN 675LT SPIDER

DIVERTIMENTO EXTREMO


No primeiro contato com o britânico McLaren de "cauda longa", verificámos que as suas performances são de nível elevadíssimo e praticamente impossíveis de comprovar em estrada aberta. O seu cenário de eleição são circuitos.

Por Mike Rodman; fotografia McLaren Automotive

Passaram-se quase seis anos desde o lançamento do primeiro McLaren de estrada da nova era, o 12C e, deste então. a marca Woking prossegue de forma incessante a propor modelos e derivados para uma lista de clientes refinada e conhecedora. Entre as principais versões de ponta mais interessantes, está o 675LT (Long Tail) que foi concebido a partir da base do 650 S. Este último, rapidamente esgotou a sua edição limitada a 500 unidades, algo que convenceu os responsáveis da McLaren Automotive a repetir a experiência com o Spider, o descapotável proposto ao público no final de 2015 que viu esgotarem-se as suas 500 unidades num espaço de apenas duas semanas!


346.000 euros

À venda em Itália com um preço a partir de 346.000 euros, o 675LT Spider é caracterizado pela sua traseira de cauda longa vista pela primeira na carroçaria do híbrido P1. Em comparação com o 650S foi alvo de diversas melhorias no motor que resultaram no aumento de potência de 650 para 675 cavalos.

Obcecados pela procura da máxima leveza, o grupo de técnicos liderados pelo italiano Carlo Della Casa, estudou todos os pormenores do carro para se chegar a um peso de 1270 kg, cerca de 100 quilos menos do que o 650S Spider. Também alvo de mexidas, a suspensão foi endurecida e aligeirada, a par de alterações na configuração da carroçaria que permitiram em cerca de 40% o coeficiente aerodinâmico (o downforce) em movimento.

A caixa de velocidades com embraiagem dupla, passou a disponibilizar também uma diferente reação na utilização das sete marchas disponíveis, com uma resposta mais pronta do sistema de injeção entre uma marcha e outra no modo Sport, sendo ainda revista a inércia na desconexão da embraiagem por forma garantir a manutenção máxima da potência nas passagens de caixa em aceleração.

A alteração destes dois fatores, nota-se de imediato na condução, sobretudo lançando o 675LT Spider em aceleração numa longa reta. Não menos impressionante é a enorme precisão do trem dianteiro em qualquer condição e tipo de andamento.

O motor também emite um som mais cheio, corajoso e convincente, que se aprecia ainda mais abrindo o tejadilho automático ou baixando a janela traseira do desportivo e compacto habitáculo de dois lugares.


Emoções intermináveis

O comportamento em estrada do 675LT Spider atinge níveis muito elevados e quase impossíveis de experimentar em estrada aberta, algo que até é a condição normal para um carro que foi concebido para ter a sua expressão plena em pista.

Por essa razão, o cenário que tivemos para o experimentar nas estreitas estradas de montanha do Ulster e com uma intermitente chuva irlandesa a travar-nos (e bem!) as mais fortes emoções dos últimos anos, serviu apenas para extrais um breve conhecimento de um carro com uma disponibilidade ilimitada de performances.

Com uma velocidade máxima anunciada de 326 Km/h, o 675LT Spider alcança os 100 quilómetros por hora em somente 2.9s e atinge os 200 km/h em 8.1s contra o 7.9s do Coupé. A capacidade de travagem muito poderosa, a extrema precisão direcional e impressionante facilidade de correção em piso húmido, assim como a expressão imediata do motor, são absolutamente para quem gosta de emoções fortes. Todos o podem conduzir mas, é de bom tom que quem o experimente tenha no mínimo já conduzido, pelo menos uma vez na vida, em circuito.

Focados no melhoramento dos atributos de leveza, aerodinâmica e dinâmica do motor V8 de 3.8 litros biturbo, os técnicos de Woking realizaram um Spider descapotável, divertido, muito potente e com apenas mais 40 kg que o seu homónico coupé.

De série o 675LT de ‘cauda longa’ vem equipado com uns Pirelli P Zero Trofeo R de 19 polegadas à frente e 20 polegadas atrás, certamente mais perfeitos em qualquer pista que no cenário da Irlanda do Norte onde tivemos a grata oportunidade de conhecer aquele que é – possivelmente – um dos mais divertidos descapotáveis do mundo.

FICHA TÉCNICA

McLAREN 675LT SPIDER

MOTOR

Tipo de motor: V8 Twin Turbo / 3799cc

Potência máxima: 675 Cv às 7.100 rpm

Binário máximo: 700Nm às 5,500-6,500 rpm

Transmissão: 7 velocidades com SSG

CO2: 275g/km

Consumo médio: 11.7l/100km

Consumo urbano: 17.5l/100km

Lubrificante: Mobil 1 New Life 0W-40

DIMENSÕES E PESO

Peso a seco: 1,270kg

Distribuição do peso (%): 42 / 58

Comprimento: 4,546 mm

Largura: 2,095 mm

Altura: 1,192 mm

PERFORMANCES

0-100 km/h: 2.9 segundos

0-200 km/h: 8.1 segundos

0-300 km/h: 23.6 segundos

Velocidade máxima: 326 km/h

O exclusivo Carbon Séries LT

Depois da reação positiva dos seus clientes ao McLaren P1 com o chassis em fibra de carbono, a McLaren recorreu uma vez mais ao seu departamento mais tecnológico , a MSO – McLaren Operações Especiais – para aplicar mesmo tratamento ao 675LT, apresentando há poucos dias uma edição exclusiva e limitada a 25 unidades: o extremo Carbon Séries LT.



Mais de 40 por cento do chassis conta com painéis em carbono, mantém o perfil alongado 'Longtail' e como o Spider apresenta o pára-choques dianteiro com grandes placas separadoras e finais, saias laterais, entradas laterais, entradas laterais inferiores, bodyside inferior traseiro, pára-choques traseiro, deck traseiro, o difusor e 'Longtail' Airbrake, mas nesta versão com todos estes elementos em carbono e com um acabamento a negro que revela o emprego deste material.

Além disso, o ‘pack’ de pista, que incluiu o sistema de Telemetria com a patente da McLaren e três câmeras de pista, vem como equipamento de série, enquanto as asas dianteiras também apresentam persianas funcionais inspiradas na classe dos GT3.

O Carbon Séries LT é apenas o terceiro modelo a usar o distintivo LT. O primeiro foi o 675LT Coupé, que chegou no ano passado e veio ressuscitar o nome 'Longtail " depois de quase 20 anos, o segundo o 675LT Spider que veio fortalecer a sigla 'LT' e agora surge esta derradeira versão, a mais ousada do ponto de vista de materiais e também a mais leve de sempre.


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